A ação consiste em um encontro de tecnologias de resistência, vindas de um passado que permanece e de um presente que proclama o futuro. Nela, entendemos nossos corpos e presenças como tecnologias que atravessam o que se compreende como presente, passado e futuro, levados pela intenção de trazer à vista manifestações de resistência, diante de históricas opressões e apagamentos. Nossos corpos e presenças, neste trabalho, são também colocados como imagens:
- Femininas;
- Originárias, africanas em diáspora ou paridas dessas existências;
- De espiritualidades e práticas rituais sincréticas, originárias ou de matriz africana; - Portadoras de intimidade com a natureza;
- Portadoras de saberes outros, e conhecedoras de outras formas de cura;
- Migrantes;
- Periféricas.

Existir, para a maioria minorizada, fricciona-se com resistir; infelizmente isso não é novidade. Diante disso, a ação que realizamos fricciona-se com reação, manifesto, ou sintonização de vibrações outras diante da privação e da sobrevivência cotidianas, sentidas na pele, no estômago, no útero e na alma da maioria das existências neste território chamado Brasil e neste continente chamado América do Sul. Os corpos diante disso sugerem, convocam, invocam, intimam, intimidam ou desafiam, a depender do que está por dentro do olhar do outro.

Autonomia Duvidosa é um coletivo de performance audiovisual multidisciplinar e novas tecnologias em atividade desde 2008, criado no IdA/UnB - Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB). O grupo trabalha com performances que envolvem espaços abandonados da cidade, experiências rituais e arte digital. A presença e imagem do corpo, sua relação com lugares e tecnologias em estado de abandono são temas de interesse para performances que misturam projeção de vídeo, instalações sonoras participativas, web arte e transmissão pela internet.

Ana Carolina Pinheiro

Graduada em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília em 2012, iniciou seus estudos através das linguagens de fotografia e performance. Sua temática voltada para o corpo (objetificado) e sujeito (humanizado) trazendo aspectos estéticos e psicológicos do ser humano. Desde de 2009 atua em arte-educação em museus e escolas. Atualmente organiza e coordena a formação de novos arte-educadores (música, dança e artes visuais) em projetos e instituições particulares.

Aníbal Diniz (VJ Nibêra)

VJ, motion designer. Artista Visual pela Universidade de Brasília em 2011, realizando trabalhos de arte eletrônica, arte computacional, videoarte, instalações multimídia interativas. Nos últimos anos, tem se dedicado em criar e elaborar soluções, produções relacionadas ao cinema 360, animações, 3D, ocupações culturais com projeção mapeada em diferentes suportes e espaços,, body mapping e vídeo cenografia. https://www.instagram.com/vjnibera

Débora Passos

Nasceu em Teresina - PI, em 1988. Concluiu o bacharelado em Artes Plásticas na Universidade de Brasília em 2012, no qual iniciou pesquisas em desenho e fotografia. O corpo, o feminino, o espaço urbano e doméstico em seus aspectos sociais, íntimos e ancestrais, e os diálogos entre corpos femininos e vegetais são os objetos de interesse nas pesquisas poéticas desenvolvidas até o momento. Participou de exposições coletivas em diversos espaços de Brasília, como Museu Nacional, Elefante Centro Cultural, Museu dos Correios, DeCurators, A Pilastra etc. Trabalha como arte-educadora em espaços expositivos desde 2009. Atualmente, desenvolve pesquisas com bordado livre, desenho e aquarela.

Jackson Marinho

Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais na Universidade de Brasília. Artista, pesquisador e arte educador, atualmente investiga as mídias digitais no âmbito do audiovisual e da interatividade para performances e instalações artísticas. Trabalha com performance audiovisual, instalações interativas, fotografia e web arte. Site portfólio: webartes.net

Filipe Leroy

Formado em Artes Visuais - Licenciatura pela Universidade de Brasília, vem atuando como Arte-Educador no ensino fundamental anos finais pela SEDF. Possui experiência com composição e arranjo musical realizando trabalho autoral, além de produzir trabalhos nas linguagens da pintura, escultura, arte gráfica, instalação ambiental e intervenção urbana. Jackson Marinho Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais na Universidade de Brasília. Artista, pesquisador e arte educador, atualmente investiga as mídias digitais no âmbito do audiovisual e da interatividade para performances e instalações artísticas. Trabalha com performance audiovisual, instalações interativas, fotografia e web arte. Site portfólio: webartes.net

Joanna Ramos

Graduada em Cinema e Mídias Digitais e atuante no departamento de Câmera desde 2008. Com vasta experiência em séries, curtas e longas-metragens (ficção e documentários) dentre os quais de destacam: “O deserto Azul” de Éder Santos, “Democracia em Vertigem” de Petra Costa, “O pastor e o Guerrilheiro” de José Eduardo Belmonte. Atualmente é Diretora de Fotografia e atua nas múltiplas possibilidades audiovisuais. Reel: https://youtu.be/klMcUpSTco8

Victor Valentim (Zivito)

Professor Assistente em design de interfaces no CECULT - Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Músico, Produtor Musical, Artista Multimídia, Pesquisador de música e novas tecnologias, graduado em composição musical e mestre em arte e tecnologia pela Universidade de Brasília (UnB). Site portfólio: victorvalentim.com